segunda-feira, 18 de abril de 2011

Rosa

Uma gota de sangue escorre pelo dedo indicador. A textura pontiaguda fora a culpada, ou será que fora eu, que cismei em pegar na rosa sem pensar? Uma flor bela, com suas partes ruins, a maior definição do amor em escala mundial. Em um pensamento inconsequente, a agarrei sem mais nem menos. Os espinhos, cravaram e se eu os deixasse por mais tempo, só aumentaria a dor e a aparência final. Como algo que me conforta, mas me machuca, a aperto mais, descendo mais uma gota. Acompanhando o sangue, cai dos meus olhos lágrimas gordas e expressivas. A troca, a grande consequência.

(viajei namoral)

4 comentários:

  1. O google vai me deixar comentar agora. Eee.
    Cara, esse texto ficou LINDO. Sério mesmo. Parabéns e vou ler seus outros textos que não li agora :3

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  2. Oloco. Oloco mesmo, tipo, nunca vi ninguém falar assim de uma rosa. Não foi bonito, tocante ou romântico. Quer dizer, foi, mas não apenas isso. Foi como se eu tivesse viajado com você, esquecido do mundo ao meu redor por alguns segundos, acredita? :O

    Cara, tô pasmo.

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  3. Nossa, belo post. E é assim mesmo, sofrer por vezes é necessário, mas não deixa de ser bom o resultado final.

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