quarta-feira, 17 de agosto de 2011

incons

Estava flutuando, me sentindo como se pesasse o equivalente a uma pena, em um plano desconhecido. Ele não tinha formas, nem nada parecido ou eu apenas não os identificavam. Eu não me via, mas sentia a energia viajando pelo meu corpo, saindo pelos meus dedos. Era como se eu estivesse presa a algo. Preferi não me mexer, já havia me machucado demais. Lembro-me de cicatrizes do tipo que não eram visíveis. Cortavam meu coração no meio, marcas de sofrimentos passados que não haveriam de serem superados tão cedo.

Dali, já não via com meus olhos e sim, frontalmente. Meu corpo estava totalmente branco, sem marcas, como se eu fosse feita de vários feixes de luz. Olhos estavam fechados, porém caíam algo deles. Lágrimas que haviam virado tão comuns para mim como a necessidade de dormir todo dia. Aquilo não era mais necessário, nem as lágrimas. Fui solta e comecei a subir, sem fim.

Estava subindo a escada. A escada que me levaria a um lugar onde somos todos iguais e esperaríamos pelo seu erro para vir até nós perder seu tempo.

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