terça-feira, 15 de novembro de 2011

all your needs?

Em todos momentos de minha vida, sinto e sou infestada por influências. Dessas quais são linhas coloridas da maior diversidade possível e do maior conteúdo. E com isso se forma minha utopia, meus desejos e personalidade. Eu caminho para aquilo que eu chamo de liberdade artística. Sem limites e sem barreiras, ficando satisfeita com meu traço, meus efeitos e palavras.


Será que esse dia chegará? Sou tão próxima de pessoas em que me espelho para melhorar e isso só me desanima. Não avanço, continuo errando, traços feios. Será que terei que virar uma escrava da sociedade? Eu tenho uma mente, ideias. Porque não me deixam mostrá-las? Tão lindas, suas características não são tão complicadas. Arte que já vi similar, sou tão perdedora a ponto de não conseguir reproduzí-la? 


Pra que enfim, ando tanto se o local em que eu quero chegar só parece ser mais longe? Tentarei mais por que se só recebo pedras e mais críticas além da própria insatisfação? 


Enfim explodo com o excesso de linhas e tudo isso sai em forma de lágrimas. Lágrimas e palavras que escoam de minha cabeça aos meus dedos. Eu espero que eu chegue um dia ao meu destino. Pena que esperar não é conseguir.

Um comentário:

  1. Acho que nenhum artista chega ao ponto de estar satisfeito com seu traço, efeito e palavras. Os que finalmente chegam nesse ponto, param de fazer arte, por não ter mais nada a dizer, ou a descobrir. Não é uma questão de esgotar a inspiração, apenas uma questão de que quando se chega nesse ponto, o de satisfação e entendimento, se deixa de querer fazer arte, pois a resposta já foi encontrada. Então é uma coisa inesperada: Satisfação significa parar de fazer arte, pois fazer arte significa estar insatisfeito. A não ser, é claro, que sua arte seja sobre estar satisfeito. Aí, a satisfação é inspiração.
    Por fim, acho que em algum ponto da etapa criativa qualquer artista sempre sente a frustração (ou quase) de não conseguir expressar o que quer, do jeito que quer. Mas pensando bem, talvez eles já tenham conseguido e não perceberam. Talvez você já esteja aonde quer chegar e não se deu conta. Então a pergunta não é "por quê você ainda não chegou lá?" mas sim "Aonde exatamente é 'lá'? "

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