a mídia ama, nós não?

Em minha rotina, sempre me deparo com elementos novos. A muito tempo atrás, diria que uns três anos, quando me mudei para Laranjeiras, percebi como a música All Star do Nando Reis poderia fazer sentido para mim. Ela é gostosa de ouvir, como muitas da nossa MPB e do nosso Rock e também dá a sensação de sonho, capacidade de ter histórias com ela.

O problema é quando você quer e não pode. Filmes, livros, músicas, cada vez mais estão envolvendo o amor em seu conteúdo. Acredito que seja por isso que as crianças estão namorando cada vez mais cedo, tendo mais necessidade de ajuda psicológica e outros do tipo. Estão apressando algo que deveria ser natural, espontâneo.

Eu diria que sou um alvo. Sempre fui rodeada de pessoas mais velhas, em consequência, rodeada de pessoas se amando e esse assunto sendo sempre tocado. Com 7 anos tive meu primeiro namoradinho, de dar a mão. Durou até os 10, quando eu sai da escola. Depois, na outra, sempre buscava uma paixão. Que horror, em pleno auge da infância, buscando uma coisa que só pode ser realmente desfrutada no final da adolescência.

Hoje, tenho 14 e tenho vários problemas quanto a isso. Não só sobre procurar parceiros, mas isso influencia bastante em minhas amizades. Todas que tiveram chance de prosseguir para o futuro, eu estraguei. Simplesmente por achar que seria um bom parceiro por ter amizade estável e acabar percebendo que, no fim, não havia atração. Aticei aquilo a toa, por simples carência, ou suposta necessidade que cresce dentro de mim prematuramente.

Irei ensinar a minha filha (que pretendo ter, se não casar, adotar) que o amor não é algo que se apressa. Vou fazer questão dela se relacionar, fazer exercícios e remediar tudo que ela quiser. Para no fim, tudo chegar na hora certa e ela não sofrer o que muitos sofrem hoje.

Sigam esse pensamento, espero que entendam o que eu quero passar.