domingo, 18 de setembro de 2011

torno

Pessoas em uma relação tão sutil, tão leve, tão macia como pano de seda. Sentados, de joelhos dobrados, estavam entregues um ao outro. Nudos, não haviam vergonha do que era banal. Não se tocavam, mas moviam as mãos em direções parecidas, como se fossem entrelaçar seus dedos para nunca mais soltar. Aquele momento apetecia ao coração de ambos, quando a explosão ocorre. Se sentia o calor humano ao encostar constante da pele, o prazer que aquilo cedia a eles.

O mais intrigante era a harmonia que havia. Levados pelo instinto, nada podia parar eles. O amor estava claro, assim como o carinho consequente. Ele a tratava como uma rainha e vice-versa. Eles poderiam ser mortos agora que estariam ainda, com um sorriso no rosto.

Ao término, sorriram um para o outro, botando suas roupas novamente, suas máscaras e seus devidos desejos banais de humanos atuais da sociedade. O momento poderia ser esquecido agora, mas a memória ainda o segurava com carinho.

2 comentários:

  1. "Ao término, sorriram um para o outro, botando suas roupas novamente[...]"
    E a banana? Bota quando?

    ResponderExcluir